sexta-feira, 16 de janeiro de 2009




É, chegou o grande dia! Boa prova pra mim e pra todo mundo. É dessa vez que vai dar tudo certo. =)




segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Segunda-feira.

Ah, que semana horrível... Eu sei, ela mal começou. O problema é comigo mesmo, TPM como não tinha há muito tempo, vontade de matar alguém, vontade de dormir para sempre...
Hoja conheci umas pessoas novas no cursinho. Uma mocinha que conseguiu 415 pontos de agumento e nem fez cursinho pré-vestibular. Ela só não passou por causa da letra na redação. Isso causa indignação, né? Mas o problema não é esse, tenho certeza que neste semestre ela estará na turma de Medicina...
Fui perguntar para a moça como ela estudava e ela "Ah, eu estudo em casa... vou lendo as coisas normalmente..." Difícil de acreditar, né? Pois bem, a solução não está no modo como ela estuda e sim na escola. A moça me contou que acabou de sair do Leonardo da Vinci, de longe uma das melhores escolas do DF.
Isso me fez pensar em como o sistema pode ser injusto. Enquanto alguns têm uma boa escola a vida toda e não encontram dificuldade nenhuma na prova monstro do Cespe, outros passam dois, três, seis anos tentando vestibular para Medicina.
E daí criam sistema de cotas e adição à notas para tapar o sol com a peneira. Tentam com isso driblar o enorme déficit que os alunos trazem desde os primeiros anos de escola, escola pública.
Hoje me senti um pontinho tão minúsculo no meio disso tudo... Na conversa com as outras meninas amigas da mocinha dos 415 pontos me perguntaram o curso que eu queria e eu respondi:
-Engenharia...
-Aaahh, que legal! Qual?
-De redes...
-É, você tem cara. Em que escola estudava?
Aí tudo parou, né? Afinal de contas eu não estudei numa escola popular e recorde de aprovações na UnB. Aí é que ocorreria a idealização delas de "Ah, você tem grandes chances de passar." ou "Coitada, vai demorar mais uns três anos." No fim respondi: "Em uma escola aí do Goiás... lá no fim do mundo." As meninas riram do meu jeito de falar, mas por trás daquelas risadas pude sentir qualquer coisa que não era tão engraçada assim.
E foi assim que o pontinho aqui voltou para casa desanimada da vida. Passei a tarde pensando naquela conversa e achando que apesar dos meus progressos significativos nessa longa saga rumo à UnB, talvez ainda falte bastante para finalmente chegar.
E o que fazer? Não dá para voltar à escola e fazer tudo de novo, não dá para fazer uma revolução e mudar tudo isso. haha! Continuaremos todos no mesmo ciclo de cursinhos e pontinhos... cursinhos e pontinhos... até que alguém que estudou a vida toda em uma escola precária passe em primeiro lugar em Medicina (sim, isso acontece) para reanimar as esperanças dos novos vestibulandos.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Texto de 2007.

Em pleno século 21, especialmente nos grandes centros urbanos, muita gente acha que as questões sobre direitos civis, sobre preconceito e sobre assimilação já estão resolvidas. Antes a discriminação era direta: contra mulheres, negros, gays, deficientes físicos. Mas, no século 20, a luta pelos direitos civis tornou isso ilegal. Só que, agora, surgiu uma nova forma, mais sutil, de discriminação, por exemplo, não contra todos os negros, mas somente contra aqueles usam um cabelo diferente.Você pode ter a sua identidade, mas sem invadir o que a sociedade chama de normal. Se você faz parte de um grupo sempre excluído, inevitavelmente alguém vai pedir para você se comportar de uma maneira que não é a sua. Por exemplo, se você é gay, não pode andar com seu companheiro de mãos dadas na rua. Daí a confusão: se você diz que não tem problemas com os gays, por que não podem demonstrar seu carinho em público como os outros?Você tem que misturar na massa, você tem que ficar indistinguível. Você é aceito, desde que se enquadre em certos padrões de respeitabilidade: modo de se vestir, de ser, de estar. Precisa disfarçar sua identidade para ser aceito na sociedade, na verdade não aceito, mas tolerado.A hipocrisia é geral, pois dizem aceitar as diferenças, quando na verdade o racismo e o preconceito passam de pai para filho em forma de piadas que teriam bem mais graça se não fossem o retrato da nossa ignorância.Muitas formas de violência poderiam ser evitadas com um gesto simples: respeito. Será que é tão difícil respeitar as diferenças? Será que é tão difícil respeitar as opções individuais? Não é normal alguém ser normal hoje em dia, em nenhuma parte do mundo. Temos que nos dar bem entre nós e, para isso, precisamos parar de fingir que somos iguais. Compreender que somos diferentes e respeitar isso. Sem tanto preconceito e discriminação podemos levar uma vida muito melhor.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Tarde de sábado. Seis dias.

Agora falta pouco para finalmente eu poder descansar e parar tudo por pelo menos quinze dias. Parece que tá tudo mais lento agora nas últimas semanas, os dias demoram a passar, as aulas duplas de Física já não são tão animadoras, o sono e o cansaço persistem mesmo depois de eu ter dormido oito horas completas. Mas já estou no fim. Talvez o fim de um longo processo de cursinho e nerdeação, talvez só o fim de mais um semestre de cursinho e o começo de outro mais torturante ainda.
Apesar da total falta de interação com outro mundo que não seja relacionado com as matérias da prova, sempre tem alguma coisa para chegar e te dar um tapa e dizer que tá ali, que não vai deixar você em paz, que o outro lado existe e que por mais que você saiba resolver todos os cálculos complicados não vai resolver nada. Nunca vai poder ficar totalmente absorto em um único objetivo. Sempre tentei definir objetivos, definir prioridades. O fato é que acabo exagerando muitas vezes nas minhas escolhas e na disponibilidade para me dedicar a elas. O que acontece é que coisas e pessoas que são importantes desde sempre acabam ficando em segundo plano. Um grave defeito meu. Não sei se já tinha parado para pensar sobre isso antes, o fato é que só agora me veio aquela vontade de acabar com tudo isso, de fazer alguma coisa diferente do que sempre fiz.
Nada nunca pode ser eterno, constante e imutável. Isso é contra todas as leis que regem o Universo. Então por que essa velha mania de achar que as pessoas serão para sempre em nossas vidas? Eu sei que é a maior vontade de todos, conheço gente que pensa em se matar por causa disso, conheço gente que se culpa por isso, conheço gente que chora por isso... Acho que todo mundo sempre vai se lamentar pelo que passou, vai se lamentar pelas pessoas especiais que já se foram. E o pior é quando elas vão e te deixam marcas tão profundas que não consegue esquecer nunca mais. Pode até mudar o foco, pensar em outra coisa, se apaixonar por outra pessoa, arrumar uma outra melhor amiga, mas é só para deixar a dor guardadinha ali, ela não some. Algumas pessoas vão e te deixam em pedacinhos, mas talvez não seja por maldade. Elas simplesmente têm que seguir a ordem das coisas... Elas precisam mover a grande roda-gigante.

"Ah Deus, que os humanos vão guardando dentro de si tudo e todos que se perdem o tempo todo sem parar, e pode doer, pode doer, eu aviso, mas não deve, não, não deve: te digo que é assim que as coisas são e o fugaz delas é a sua eternidade - não no real, mas na memória de quem lembra, e eu nem sequer entendo o que digo na manhã de domingo e chuva mansa sobre o porto minúsculo-maiúsculo de que falo." (Caio F. Abreu)

E não deve doer... Mas dói, sempre dói. E duvido que exista alguém que não tenha experimentado tal sensação. Duvido que tenha alguém que não tenha chorado uma noite inteira por causa de alguém que se foi. Duvido que alguém já não tenha ido embora sem se perguntar o que aconteceria com o que ficou para trás. Depois de tanta coisa escrita acabo pensando que é de corações quebrados que se fazem as grandes histórias. Posso até parecer um tanto quanto piegas, mas definitivamente as histórias de Hollywood não são as melhores.
Talvez nunca estarei preparada para uma nova partida, talvez eu nunca perceba quando algo novo chegar, talvez eu nunca pare de me lamentar por tudo e todos que se foram... Talvez eu tenha grandes histórias e nem as percebo...

"Depois de todas as tempestades e naufrágios, o que fica de mim em mim é cada vez mais essencial e verdadeiro." (Caio F. Abreu)

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Anotações sobre um amor urbano.

"O cheiro do teu corpo persiste no meu durante dias. Não tomo banho. Guardo, preservo, cheiro o cheiro do teu cheiro grudado no meu. E basta fechar os olhos pra naufragar outra vez e cada vez mais fundo na tua boca. Abismos marinhos, sargaços. Minhas mãos escorrem pelo teu peito, gramados batidos de Sol, poços claros. Alguma coisa então pára, as coisas param. Os automóveis nas ruas, os relógios nas paredes, as pessoas nas casas, as estrelas que não conseguimos ver aqui no fundo da cidade escura. Olho no poço do teu olho escuro, meia noite em ponto. Quero fazer um feitiço pra que nada mais volte a andar. Quero ficar assim, no parado. Sei com medo que o que trouxe você aqui foi esse me jeito de ir vivendo como quem pula poças de lama, sem cair nelas, mas sei que agora esse jeito se despedaça. Torre fulminada, o inabalável vacila quando começa a brotar de mim isso que não esta completo sem o outro. Você assopra na minha testa. Sou só poeira, me espalho em grãs invisíveis pelos quatro cantos do quarto."

(Caio Fernando Abreu)

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Menos de duas semanas.

Pois é, tá acabando e eu aqui doente. Mas também com o ritmo que eu tô levando não tem como ficar saudável. Dias inteiros no cursinho estudando e estudando, refeições nada regulares ou saudáveis, noites mal dormidas e paranóia com números. Ontem perguntaram o que me motivava tanto, o que me fazia ficar até doente perseguindo tal objetivo... Na hora eu fiquei pensando se realmente compensaria, mas depois lembrei que isso é muito mais que um sonho para mim. Já disse que vou raspara a cabeça quando passar, né? haha!
Enfim... tá acabando e isso é bom.
Eu odeio ter um blog. -.-

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Primeiro dia útil.

Será que fui só eu que senti a ressaca e a nostalgia generalizada? O centro da cidade estava com muito menos movimento, parecia tudo mais lento, as pessoas talvez tenham diminuido o ritmo para o primeiro dia, até o sol demorou mais para ir embora hoje. Eu dormi praticamente a aula toda e depois do almoço ainda dormi na sala de estudos e babei nas apostilas... haha! Na hora de ir embora até os motoristas dos ônibus estavam se comportando e entrando na fila certa. Será que são promessas para o novo ano? haha!
Faltam quinze dias para o vestibular e vinte dias para viajar. Sabe aquela vontade de que tudo passe voando? Pois é... apesar de ainda ter um milhão de coisas para estudar eu quero muito que acabe tudo logo. Quero muito ficar quinze dias com os meus livros e meu seriados, dormir quinze horas seguidas, passar o dia todo sem pensar em nada... ahh!
É. Acabou.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

01/01/09

Olha só, primeiro dia do ano e muita ressaca. Nada de promessas ou expectativas para o novo ano. Bem melhor assim pois não preciso de mais planos agora, preciso mesmo é realizar os velhos planos.
Ontem resolvi seguir a regra, até blusa branca acabei usando. Foi o primeiro ano que me vesti como manda o figurino. Deixei a noite depressiva e o moletom de lado e fui para a queima de fogos, fui para a socialização. No geral foi tudo muito bom, a bebida sempre ajuda. Super bonita a queima de fogos na Esplanada e as meninas com quem sai são as melhores companhias.
Acho que o problema é comigo mesmo, estava tudo muito legal, fomos para uma super festa depois e as pessoas se divertiram muito... só eu que nem consegui me integrar naquilo tudo. Acho que ontem pratiquei muito meu voyeurismo, enquanto as pessoas se divertiam e se pegavam eu ficava olhando e achava aquilo bom. Senti muita falta dela, às vezes só conseguia pensar em como queria ela lá comigo.
Agora é nostalgia de começo de ano... tudo novo de novo. haha! E dessa vez eu passo no vestibular. =D