terça-feira, 21 de abril de 2009

Lembro perfeitamente daquelas manhãs, daquele cheiro, daquelas músicas. Fiz uma coleção de todas as músicas para ouvir e lembrar de cada momento. Fiz uma coleção de sorrisos para poder sorrir junto ao lembrar nos momentos mais tristes. Fiz uma coleção de palavras que me fazem bem, palavras como: "senti sua falta", "gosto tanto de você", "volta logo pra eu te ver", "fica mais comigo", "me abraça", "não quero ir embora", "você me faz bem". Fiz uma coleção de filmes que me lembram de tudo para assistir em noites de sábado. Fiz uma coleção de cada pedacinho, de cada detalhe, de cada migalha.
Hoje eu já não penso que seja assim tão importante, sabe? Eu só gosto de ter isso tudo guardado comigo, deve ser aquela velha mania de canceriano. Na verdade eu acho que tento fazer isso não ser tão importante, às vezes sozinha revirando os guardados sinto um aperto, uma dor. Sabe como é? Não quero fazer mais uma sessão nostalgia aqui.

...

Depois de um tempo me percebo diferente. Eu, eu, eu, eu , eu, eu... tanto "eu" o tempo todo. O tempo todo. Queria me desligar desse tal "eu", queria esquecer esse "eu", queria que esse "eu" não se sentisse mal por algumas palavras ditas, queria que esse "eu" fosse menos covarde, queria que esse "eu" se importasse menos, se apaixonasse menos, se ferisse menos. Queria não falar toda hora desse "eu". Que coisa mais chata.

...

Só que tem dias que qualquer coisinha vai te chatear, sabe? Será que alguém consegue ver isso?

domingo, 12 de abril de 2009

E é assim que tudo segue.

Algumas pessoas vão indo embora, outras vão ficando mais do que eu esperava, outras vão aparecendo sem eu nem imaginar que me sentiria confortável com elas... A rotina vai tomando conta de tudo de novo, não que isso seja ruim, é bom ter coisas a fazer, ter horários a seguir. É bom ter que esperar duas semanas para ter tempo pra uma sinuca, é bom ter que acordar cedo e ter 120 exercícios de limite para resolver no fim de semana. Mas o mais importante é ter aquela velha(?) companhia esperando sempre quando chego em casa. É muito bom conversar sobre coisinhas bobas, mas importantes, que acontecem, é muito bom falar tudo sobre nada, é muito bom simplesmente estar ali. Apesar de algumas coisas me chatearem, outras me deixarem para baixo e outras não fazerem muito sentido, tenho seguido sempre. E até que eu gosto, sabe? Gosto mesmo. Sinto que cada dia aprendo mais, que cada dia acrescento um pouco mais de tudo em mim.
Só tenho medo daquela "depois da calmaria vem a tempestade."
Enfim... ao infinito e além! o/

=P