quarta-feira, 20 de maio de 2009

Esperar.

Esperar. Es-pe-rar. Esperar... é isso que eu tenho feito. Sempre adiando acontecimentos importantes, passeios empolgantes, amores fascinantes, dias de folga/cobertor/vídeo-game/cerveja. Sempre esperando pelo dia em que eu poderei realmente viver fora daqui. Não, não estou me desfazendo de você, querida Internet. É que eu gostaria de saber como é a vida lá fora, sabe? Espero há tanto tempo por isso.
O que acontece é que sempre tenho algo supostamente importante para fazer. Estudar/pré-vestibular/estudar/faculdade/estudar/ser engenheira/trabalhar/trabalhar/trabalhar... trabalhar(?). A questão é: quando irei saber o que é não se importar com nada de verdade? Seria isto possível na situação na qual estou? O cansaço toma conta de mim. Dias irritados, cinzas, frios, sem graça, sonolentos, lotados. Dias nos quais ocupo meu tempo me preparando para o tão esperado e supostamente maravilhoso futuro. Vejo no rosto dos companheiros diários das viagens de ônibus a mesma expressão que tenho carregado diariamente. Expressão de cansaço, de sono, de indiferença, de solidão. Vendo tudo isto eu me pergunto se daqui alguns anos serei exatamente igual a todos eles. Serei?
Não sei se é isto o que eu quero, querida Internet. Não vejo sentido em esperar tanto para no fim não alcançar nada de tão diferente.
Espero, mais uma vez, que a minha espera não seja em vão.

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