quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Que horas? Me diga...

[Você é uma luz
Debaixo da porta?
No sonho de quem
Você vai e vem
Com os cabelos
Que você solta?
Que horas,
me diga que horas, me diga
Que horas você volta? ]



"Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas".
[Caio Fernando Abreu ]

"Sim, eu, esta que olha para os pés enquanto anda; a que tem medo de perder o caminho e não saber voltar." Eu que nunca sei dizer tudo o que eu queria dizer e acabo me perdendo em todas as coisas que nunca te disse e nunca vou dizer. Eu que tenho esse jeito estranho e bobo de sentir. Eu que tenho essa mania de escrever coisas na última folha do caderno. Eu que tenho mania de colecionar pedacinhos de você. Eu que me acho tão sem graça e sem cor, mas mesmo assim te espero para oferecer um abraço. Eu que não sei quanto tempo mais tudo pode durar, mas tento não pensar em coisas assim. Eu que tenho medo de escuro (ou seria medo do que se esconde embaixo da minha cama?). Eu que em noites como essa queria tanto seus abraços, queria tanto seu olhar e uma das suas histórias para dormir. Eu que preciso de colo. Eu que não me importo de dizer que sinto mesmo sua falta e que espero você voltar. Eu que te gosto desse jeito desajeitado. Eu que tenho esses olhos pequenos e distantes. Eu que fico tão feliz com pedacinhos de atenção, de carinho. Eu que não sei o que fazer das oportunidades mais importante. Eu que não sei ficar sem você. Eu que só queria você por perto...

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