quarta-feira, 30 de dezembro de 2009



"Quando a gente gosta
Gosta de anarquia
Anda descomposta
Fica mais vadia
Faz o que não presta
É Festa! É Festa!
É Festa! É Festa!
Até quando o sol raiar..."


Ah! Isso não tinha que acabar! (8)

Um mês, um ano, dois anos... Não importa, com você é perfeito sempre. =)

domingo, 27 de dezembro de 2009

“E quem disse que morder é tara?
Tara é não morder.”
[Nelson Rodrigues]


Né?
Tanta gente por aí, tanta história, tanta coisa que acontece e a gente nem tem idéia. Continuamos seguindo em frente di-a-ri-a-men-te, todo dia a mesma coisa, a mesma preguiça, o mesmo cansaço. É difícil parar pra pensar no que anda acontecendo ou no que move tudo isso que empurramos com a barriga. Eu sempre pensei em fazer diferente, sabe? Desde pirralhinha sentia aquele aperto no peito vendo tudo passar sem poder fazer muita coisa, arquitetando milhões de planos com hora marcada para serem colocados em prática e mudar tudo. Mudar tudo. Daí eu cresci. Mas não foi só assim: "cresci". Agora penso em como tudo acontece e me pergunto todas as manhãs se tenho feito aquilo que tanto planejava. Bem... a resposta é sim. Ao crescer percebi que não dá pra mudar tudo, não dá pra interferir em tudo, mas percebi também que posso mudar o meu dia, que posso mudar cada pedacinho de mim para tentar melhorar e fazer como eu sempre quis. O último ano foi tão duro e ao mesmo tempo tão enriquecedor. Vivi nos extremos, financeiramente, intelectualmente, sentimentalmente... Me senti muito só por alguns dias, quis abandonar tudo em outros, desejei que pessoas sumissem, desejei que pessoas reaparecessem. Foi tanta coisa, tanta coisa. Mas fazendo as contas, eliminando os erros absolutos e tomando a melhor estimativa, eu tive um saldo bem positivo. Senti falta de muita coisa, de muitas pessoas, mas conheci outras, lutei por algumas e tive que esquecer umas outras. Esquecer... esquecer é forte e isso não acontece aqui, tive que guardar. Guardar é melhor. E não são só pessoas que a gente guarda, a gente guarda tudo, tudo. Vai tudo se acumulando bem devagar, bem devagar... Eu não reclamo, sabe. Não sei o que seria de mim sem tanto acúmulo. Faltam cinco dias pro ano acabar e tô aqui na expectativa de que acabe logo, nunca gostei de anos ímpares mesmo. Mas o que quero mesmo é conferir se todas essa espera pelo próximo ano faz sentido. Ano de mais mudanças, mais aprendizagem, mais dor, mais alegria, mais acúmulo. É bom, é muito bom, tudo muito bom. E agora tenho a certeza de que não estarei sozinha...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

“Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim, que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo; repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante. Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se fosse nada.”
. Caio Fernando Abreu .

Então, que seja doce!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009



"Tô louca pra te ver chegar
Tô louca pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração

Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas
Pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo..."

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Silence.

Silêncio para digerir tantos acontecimentos, tanta aprendizagem, tantas coisas novas. É no silêncio que a confusão se desfaz ou se refaz, no silêncio que tudo é ouvido, compreendido. É como estar do alto, onde o som não chega, e observar. Observar toda essa confusão que surgiu de uma pequena (ou grande) perturbação. Perturbação esguia, jovem, subversiva, agradável... Observar, observar, observar... absorver. Silêncio.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Só por você.

E com você tenho certeza que terei novas e longas histórias e descobertas para analisar depois que tudo passar e continuar percebendo que o comum, o tal do amor, realmente tomou conta de mim.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Orgulho de nós. Depois de tantos problemas, tantos dias confusos, encontros escassos, problemas financeiros, falta de fé nas pessoas, falta de fé na gente... Tanta coisa, tantos desencontros, desentendimentos... Apesar de tudo hoje é tão confortável. Nossas perspectivas para o futuro parecem tão livres, tão desprendidas de qualquer conceito estereotipado ou arquetipado por conceitos deturpados da sociedade. Hoje temos uma nova visão, uma nova forma de encarar a vida. Horas de estudo em casa te fizeram mudar, horas de estudo forçado me fizeram mudar. Mudanças acompanhadas de perto por nós que estamos sempre tentando sobreviver juntas a condições desfavoráveis.
Hoje me agrada muito a possibilidade e a concretização do nosso futuro ensolarado, das nossas viagens, das nossas noites, dos nossos jogos, dos nossos segredos, das nossas bebidas, nossos passeios. Sinto que estive esperando o tempo todo por isso, que foi necessário esperar tanto tempo por isso. Só o tempo pôde nos fazer aprender tudo o que é necessário para tanto sol, para tanta segurança de nós mesmas, tanto desprendimento. 
Você aquece meus dias, faz com que meus dias sejam mais suportáveis, que as minhas noites geeks não sejam tão decadentes, que eu entenda mais o que sinto, me faz acreditar na possibilidade de transcender impulsos causados por substâncias liberadas no cérebro. Pra isso foi preciso abrir mão de todas as (des)crenças adolescentes que antes eram minhas verdades. 
Às vezes é difícil acreditar que algo assim exista de verdade, se eu não visse você semanalmente eu não acreditaria. Seus olhos de verdades, seu jeito desajeitado, sua voz agradável.... Tudo isso só me faz querer abandonar tudo o que já acreditei um dia e seguir em frente sendo guiada apenas pelo que diz aqui. Aqui. Consegue sentir?

domingo, 18 de outubro de 2009

Canceriano sem lar. (mais uma sessão dramática e sem graça)

Falta continuidade, faltam certezas e um final também. Após ter mudado de casa duas vezes esta semana, ter andado por aí, literalmente de mala e cuia, pra cima e pra baixo de ônibus(ser pobre é um problema sério) e ter tido uma semana de cão, ainda sobrevivo. Olha só que incrível! Haha! É que sempre parece que o seu drama é maior do que o de todo mundo, mas não é. Só que dói, como o de todo mundo. Nunca foi fácil pra mim ter que sair de casa, morar em lugares que não são meus, aprender a me virar sozinha e fazer tudo sem aquele apoio familiar presencial. Apesar de certa independência trazer consigo amadurecimento e experiência, não tem sido nada fácil. O consolo é que tenho feito o que eu sempre sonhei, estudado na faculdade que eu sempre quis e fazendo um curso que é a minha cara. Só que às veze me pego me perguntando se realmente valerá a pena tudo isso, se quando esses cinco anos de estudo terminarem conseguirei fazer algo realmente importante e recompensador. Sinto falta de companhia, de pessoas para dividir o horário de almoço, de pessoas para me acompanhar na volta pra casa... É ruim ter que fazer a maioria das coisas sozinha. É isso que dizem que é o mundo dos adultos? Haha!
Às vezes eu desejo muito algumas certezas, às vezes eu até daria tudo por elas. Certezas trazem segurança que é essencial para cancerianos sem lar. Ter a certeza de que tudo estará bem daqui alguns dias, ter a certeza de que tudo estará no seu lugar e de que as noites de sábado continuarão sendo as mesmas. Mas certezas assim são um tanto impossíveis de se ter. O meu desejo pode ser explicado por tamanha confusão e falta de pequenas certezas possíveis.


P.S.: Gostaria muito de saber quem é a Bárbara que comentou em um post antigo meu. O perfil não está habilitado para visualizações...=/

domingo, 4 de outubro de 2009

Conforto.

Eu não conseguiria descrever tudo aquilo mesmo que ficasse aqui a noite toda. É confortável, é bom, é tudo o que eu quero. É como se o tempo todo eu estive esperando somente por aqueles momentos. Sinto-me em paz ao seu lado, nossos corpos se encaixam perfeitamente, sabemos exatamente o que fazer, o que esperar. Pode parecer tudo muito piegas da minha parte, mas é assim que eu sinto. É assim que as minhas horas com você passam, ouvindo seu coração batendo forte, sentindo sua respiração, sua pele... Eu não poderia querer mais porque estar contigo é o bastante. E se pudesse fazer desejos, desejaria poder sentir isso sempre, poder estar ao seu lado sempre... e só.

domingo, 13 de setembro de 2009

sábado, 5 de setembro de 2009

Planejamento não deveria ser algo tão difícil, mas tudo sempre me pareceu tão distante que acabei preferindo não planejar tanto. Mas como alguém que irá se especializar na área de planejamento de produtos e serviços não consegue planejar a própria vida? Pois é, decidi começar a fazer isso agora. Não que o que eu tenha feito antes sem planejar tenha sido ruim, ao contrário... Até que consegui boas coisas. Só que se torna cada vez mais necessário ter o tal espírito metódico, sistemático e às vezes até frio. É preciso sacrificar certas coisas para conseguir algo maior, pelo menos em teoria. Estabelecer metas como viajar sozinha daqui alguns meses, aprender inglês em menos de dois meses, terminar a faculdade em cinco anos, ir morar sozinha, trabalhar e já começar ganhando bem... Até mesmo estabelecer uma meta de estudos (isso deveria estar já em prática).
Apesar de estar me transformando em tudo isso, sendo menos passional, menos sucetível a perdas, mais desligada do resto do mundo e sem tempo para o resto do mundo, eu gostaria de ter certeza de algumas coisas. Às vezes é bom não ter que planejar, às vezes é bom ter a plena certeza de que o que quero vai se concretizar. A fragilidade dos planos não é confortável para alguém como eu. Daí eu percebo que também preciso de um plano B pra tudo, não posso parar, não posso cair mais.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Estou tentando.

domingo, 16 de agosto de 2009

Meados de agosto e como era de se esperar, agosto nunca poderia ser um bom mês. Dá até medo de pensar no que pode acontecer no resto dos dias... Acontece que justamente hoje parece ser um dos meus dias mais ranzinzas de todos. TPM e mais um monte de "donos da verdade" causam isso. Não aguento ouvir nada do tipo que já tenho vontade de socar pessoas. Haha! Ou então gente carente sem motivo algum, ou gente que grita meu nome, ou gente que dá más respostas, ou gente. Cara, eu odeio gente neste exato momento. Sempre os mesmos assuntos, sempre os mesmo hábitos, sempre os mesmo motivos. Ok, eu sou igualzinha a todas essas pessoas. Só queria desabafar, é que perder coisas supostamente já conquistadas não é nada bom.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

TÉ-DI-O.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Cotidiano.

Acordo sempre mal humorada, sem noção do que estou fazendo. O barulho do despertador é insuportável. Desorientada tendo ter forças para levantar, mas antes disso meu pensamento corre para uma única certeza: ela ainda está dormindo - nos fins de semana, ao acordar sem despertador, corro para verificar se há algum sinal de sua existência no celular, ela sempre acorda antes de mim.
O dia segue normalmente, toda aquela rotina de sempre. São 34km(ou mais) de ônibus. Se não consigo dormir durante a viagem sempre tem uma música tocando, uma música que me faça lembrar dela. São 34km(ou mais) pensando em como seria ver o sol que está nascendo agora ao seu lado, em como seria se eu pudesse a acordar, se eu pudesse ser acordada por ela. Mando mensagem dizendo alguma coisa, qualquer coisa que esconda algo tipo como-eu-sinto-a-sua-falta-e-morro-de-vontade-de-ter-você-todo-dia.
Um monte de informações são despejadas sobre mim, páginas e mais páginas. 200 exercícios para fazer em quatro dias. Nada de tão diferente, apesar de ser desesperador. Sigo as aulas esperando resposta para a mensagem que chega logo. Sorrio. Mais informações, mais exercícios... Até a hora do almoço. Daí eu penso, penso que seria divertido almoçar junto com ela ou até mesmo tentar cozinhar algo que ela goste, mesmo não sendo minha especialidade. Penso que seria bom ter refeições mais saudáveis e mais tempo de descobrir o que cozinhar. Enquanto descanso ouço mais uma música, lembro daquele dia especial e suspiro. No fim sempre sou obrigada a ceder e fazer aqueles 200 exercícios, nada de descanso.
Mais aula, sono... Tédio. Depois de almoçar é sempre difícil se concentrar, se manter acordada. Penso nela, o que está fazendo agora? Mando uma mensagem, qualquer coisa que esconda algo tipo queria-ver-o-que-faz-agora-e-saber-se-fica-tão-dispersa-quanto-eu-em-horários-assim-e-decorar-sua-cara-de-sono-e-tédio. Mais coisas a fazer, falta tempo para respirar.
Fim de tarde, às vezes acaba mais cedo. Mais 34km(ou mais) na volta pra casa. Nos últimos tempos tenho dormido muito, cansaço que não acaba. Ao chegar em casa só penso em tomar banho e correr para verificar se tem algum scrap ou e-mail dela e esperar até a hora marcada para poder conversar com ela. A melhor hora do dia é quando vejo aquela janelinha do msn, sabe? Daí eu esqueço o cansaço e todo o resto... Só quero estar totalmente concentrada nela. Tentar perceber tudo tendo tão pouco, tentar sentir o que ela sente lendo o que escreve, tentar estar presente mesmo estando distante, tentar fazer tudo por ela mesmo não podendo muito. E o que é incrível é que não se passa um dia sem que eu vá dormir contente por, mesmo que pouco, poder conversar com ela. Poder saber o que ela faz, o que ela pensa. Poder saber sobre como foi o seu dia, saber o que acontece quando eu não estou. Poderia ficar vários e vários dias só a ouvindo, só a olhando. Porque é só com ela que tenho me sentido bem, só com ela tenho sentido aquela velha cumplicidade, aquele velho carinho, aquela velha necessidade. Só com ela.
O tempo acaba, amanhã preciso acordar cedo de novo, ela também. Nos despedimos meio enrolado, meio sem querer ir apesar de saber das obrigações do dia seguinte. Desconecto-me do que é muito sendo pouco.
Antes de dormir mais uma mensagem, qualquer coisa que esconda algo tipo é-incrível-perceber-que-a-cada-dia-você-continua-crescendo-mais-em-mim. Durmo pensando nela, durmo torcendo para sonhar com ela e espero poder pelo menos por alguns segundos tê-la ao meu lado. Quando eu durmo sempre parece que falta algo, falta um abraço, falta um beijo. Falta ela aqui, nos meu braços. Quase sempre sonho com ela, mesmo ao dormir sua imagem não se apaga, sua lembraça não se vai. Sonhos muitas vezes cotidianos, outras vezes divertidos e outras excitantes.
No dia seguinte tudo começa outra vez e outra vez e outra vez. A certeza que tenho é que sonho sempre, dormindo ou acordada, com o dia que poderemos nos econtrar mais vezes, com o dia que poderei decorar cada detalhe do seu rosto, do seu corpo, da sua voz, do seu silêncio, dos seus hábitos, do seu jeito de andar... Com dia que poderei finalmente dormir sem sentir falta de nada...

quarta-feira, 1 de julho de 2009

I miss her...

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Postando no meu aniversário.

Primeiro aniversário que não odiei tanto. Foram tantas coisas a fazer neste tal dia 29 de junho. Prova de Cálculo, prova de Química, apresentação de dois trabalhos... Realmente me entreti bastante com tudo isto. Agora acredito que a falta do que fazer traz sérios danos para pessoas, principalmente nos aniversários. É, talvez eu continue não gostando de aniversários. Mas agora aprendi a perceber que significa que está tudo dando certo, que está tudo seguindo como deveria seguir por mais um ano. Eu sou realmente grata por isso.
Por fim, passar uma parte do dia com uma pessoa especial foi tudo o que eu realmente pedi para tal dia. Finalizo agora com a sensação de dever cumprido e ansiosa para apresentações de amanhã. É isso aí. o/

sábado, 27 de junho de 2009

Silence.


As palavras fogem de mim. Não que eu não esteja disposta a ouvir a todas, mas elas não permanecem. Nunca consegui manter todas agrupadas com nexo. Meus dedos correm pelo teclado rapidamente, enquanto todas não passam de pequenos impulsos elétricos que logo se esvaem. Expressar-me nunca foi tarefa fácil, sempre demoro tempo demais para conseguir dizer o que sinto. Às vezes acaba sendo tarde demais.
Em dias vazios como os que estão ocorrendo a inquietação toma conta de mim. Não, não é vazio lá. É vazio aqui. Fora é um turbilhão de obrigações, prazos, livros, pessoas. Pessoas que talvez também não consigam se expressar, seus cumprimentos não passam de "ats", "sds". Tudo muito rápido para não diminuir o fluxo.
Dentro "ats", "sds" e afins não fazem sentido. É preciso um conjunto de ações, atribuições e conquistas para surgir um fluxo. Eu também acho complicado, mas eu gosto. Eu gosto muito de tudo o que não me deixa dormir. Gosto de tudo o que me faz virar a noite tentando entender, gosto muito de tudo o que não me é comum.
Parece uma eternidade o tempo que espero por respostas e ações, mesmo assim eu continuo firme pois isso não me deixa dormir. Todas as não-respostas, as não-ações fazem com que a minha noite seja mais longa. Eu não consigo me esquivar, não consigo entender o motivo de tais escolhas tão doloridas...
Mudanças obrigatórias acontecem cada vez mais forte, parece que dias de melhora estão por vir. Ou então serão dias de pura ilusão. Não importa agora.

domingo, 31 de maio de 2009

Closer.

Oh, não. Não é propaganda ou coisa do tipo... haha! É que o meu fim de semana foi até razoável, acabei assistindo cinco filmes de uma vez só. Jogos Mortais V, que tá super viagem, os três Resident Evil, sim eu sou doida pela Milla Javovich atuando em filmes de ação, e Closer. Ah! Closer... merece um parágrafo inteiro só de comentários. Acredito que já assisti Closer umas oito vezes.
Sim, e o que há de tão interessante no filme? Para mim é uma expressão perfeita dos vários tipos de relacionamentos humanos. Todas os medos, arrogâncias, egoísmos, traições e paixões humanas são lindamente expressadas em Closer. E o filme não tem final feliz, claro. Acredito que realmente conseguiram fazer um filme completo, começando pelos atores que são ótimos. Natalie Portman e Julia Roberts no mesmo filme, o que mais eu poderia querer? haha! E ainda tem o Jude Law por lá... gosto do jeito dele. Ah, sim... sem comentários sobre o Clive Owen. Continuando, ainda tem a incrível história de um... "quadrado" amoroso muito mal resolvido... haha! E os diálogos? Totalmente incriveis, cara! Ótimas citações... Uma das partes que mais gosto é quando a Alice e o Larry estão na Suíte Paraíso e daí a Alice fala: "Mentir é a coisa mais divertida que uma garota pode fazer sem tirar as roupas... mas é melhor se tirar. " Wow! Não sei se é só comigo, mas tal frase tem um suupeeer impacto!
E ainda tem o ótimo diálogo do início do filme:

"Dan
: O que faz quando não ama mais?
Alice
: "Eu não te amo mais, adeus!"
Dan
: E se você ainda ama?!
Alice
: Não vai.
Dan
: Nunca abandonou ninguém que ainda amava?
Alice
: Não!"

Mas na verdade o que mais me impressiona mesmo é a forma como eles interagem, a forma com que "reconhecem" quando o outro está mentindo, quando há algo de errado na expressão do outro... A primeira vez que isso aparece é quando a Alice vai encontrar o Dan na casa da Anna e logo ao olhar para ele, ela percebe que há algo errado. O Dan acabara de beijar a Anna. Acho incrível essa identificação e de alguma forma essa "ligação" que aparece entre Alice e Dan e Anna e Dan.
E por fim, a última cena... A Alice andando sozinha em NY e a música do Damien Rice tocando.. ah! Sim, eu choro assistindo Closer! haha!
Um ótimo filme, pra quem ainda não viu eu recomendo que veja... Apesar de ser um filme hétero é realmente ótimo! Só assistindo umas três vezes pra conseguir sentir tudo. hoho!
E fim.

terça-feira, 26 de maio de 2009

segunda-feira, 25 de maio de 2009

ô, meu saquinho. -.-'

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Esperar.

Esperar. Es-pe-rar. Esperar... é isso que eu tenho feito. Sempre adiando acontecimentos importantes, passeios empolgantes, amores fascinantes, dias de folga/cobertor/vídeo-game/cerveja. Sempre esperando pelo dia em que eu poderei realmente viver fora daqui. Não, não estou me desfazendo de você, querida Internet. É que eu gostaria de saber como é a vida lá fora, sabe? Espero há tanto tempo por isso.
O que acontece é que sempre tenho algo supostamente importante para fazer. Estudar/pré-vestibular/estudar/faculdade/estudar/ser engenheira/trabalhar/trabalhar/trabalhar... trabalhar(?). A questão é: quando irei saber o que é não se importar com nada de verdade? Seria isto possível na situação na qual estou? O cansaço toma conta de mim. Dias irritados, cinzas, frios, sem graça, sonolentos, lotados. Dias nos quais ocupo meu tempo me preparando para o tão esperado e supostamente maravilhoso futuro. Vejo no rosto dos companheiros diários das viagens de ônibus a mesma expressão que tenho carregado diariamente. Expressão de cansaço, de sono, de indiferença, de solidão. Vendo tudo isto eu me pergunto se daqui alguns anos serei exatamente igual a todos eles. Serei?
Não sei se é isto o que eu quero, querida Internet. Não vejo sentido em esperar tanto para no fim não alcançar nada de tão diferente.
Espero, mais uma vez, que a minha espera não seja em vão.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Hoje eu voltei andando para casa. Às vezes sinto necessidade de fazer isto. É bom sentir o fim da tarde/começo da noite, é bom olhar as pessoas e carros passando desesperadamente. Os meus pensamentos bagunçados, todos querendo atenção. Depois de uma longa e fria semana anestesiada por obrigações, tenho muitas coisas que não tiveram espaço aqui.
Uma semana inteira dedicada à programação científica, cáclulo diferencial e operações em n dimensões. Agora só penso em descansar e ficar na cama até amanhã para conseguir agüentar a próxima semana. Eu penso que tenho sorte de estudar tanto, tenho sorte de não ter tempo para dar ouvidos aos meus pensamentos.
Um ser estranho habita meu corpo. Seus impulsos fatídicos e desejos momentâneos me fazem desacreditar da possibilidade de qualquer tipo de vida "normal". Não que tal ser seja tão feroz e imponente, só é perseverante. Não se contenta com espaços vazios, não se sente bem em noites insones, não se sente bem com noite completas, não silencia quando deveria. Cada parada para respirar etá marcada com a sua presença, com a sua perseverança e insistência insuportáveis. Eu silenciaria sua voz para sempre se fosse capaz, se suportasse simples momentos de calmaria. Mas não, não consigo me contentar com toda a paz, hamonia e simplicidade que existiriam sem tal ser. Eu preciso sentir medo para conseguir me mover, preciso me sentir desafiada para ter coragem de sair da cama, preciso do caos para mover meus sentimentos. No fim das contas a culpa é toda minha. No fim da caminhada descubro que afinal sou eu quem está lá, sou eu quem está aqui.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Dez dicas para sobreviver à Engenharia.

1- Encontre um grupinho de nerds com um colega mais nerd ainda. Eles salvarão a sua vida um dia antes da prova de Cálculo.
2- Faça as provas sempre no último dia. Por mais que seus professores sejam super eficientes, eles não conseguirão fazer provas diferentes para todas as turmas e então você pode perguntar sobre o conteúdo das provas.
3- Acostume-se com um ambiente no qual existem cem homens para cada quinze mulheres. Isto pode ser bom ou ruim. No meu caso é ruim.
4- Não ignore a matéria que você pegou só para ganhar créditos. Os professores acreditam que aspirantes à engenharia são seres estranhos e assexuados que não têm vida. (Y)
5- Nunca deixe passar um exercícios da sua lista de duzentos exercícios que devem ser feitos em uma semana. Sim, será exatamente este exercício que irá cair na prova. (Y)
6- Pratique conversas com outras pessoas que não sejam da Engenharia. Não se engane, depois de tanto tempo só acompanhado de livros e dos seus coleguinhas nerds você perderá suas aptidões para conversas com outras pessoas, então não deixe de praticar!
7- Tente se empolgar de uma forma saudável com as suas descobertas a cada aula de Cálculo ou Álgebra. Acredite, esquizofrenia não é legal.
8- Não espere que a sua vida afetiva finalmente exista depois do vestibular super cruel. Acostume-se com isso para sempre. É, engenheiro não tem vida!
9- Gaste todo o seu dinheiro com xerox e livros novinhos. É, acredite... Isto te trará prazer.
10- Dormir nunca, estudar sempre. Esta é a regra fundamental e todas as outras podem ser descartadas se conseguir seguir somente esta.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Sorte de hoje: Os dias são longos, mas os anos são curtos.

domingo, 10 de maio de 2009

É que parece que com o tempo tudo vai sumindo. Já tive dias incríveis, pessoas incríveis. Já tive tudo o que uma garota de 16 anos poderia querer. Tá, quase tudo. Mas era bom, era confortável. Hoje quando volto pra casa sinto um alívio por estar lá, mas eu sei que tudo aquilo não vai mais voltar. As tardes no sofá, as madrugadas no pc, os dias de suposta dedicação aos estudos, as bebidas, as músicas, as pessoas que eu convidava. Por aqui é tudo tão frio e eu me sinto só. É que às vezes preciso tanto de um abraço, sabe? Só que é tudo muito frio. Aquelas pessoas de antes já não existem mais. Sim, elas existem. Mas não existem junto de mim, a gente vai crescendo, vai mudando e daí acaba se esquecendo de tentar não fazer isso tão rápido, de esperar aquelas outras pessoas que existiam antes. Eu queria não chorar na frente do pc como agora, como muitas vezes. Eu queria não fingir que está tudo bem sempre. Ah, eu sei... Tudo está muito bem. Muitoo bem. Mas não tá bem aqui dentro. Eu sinto falta de...

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Cansada e sem tempo para nada. Sem tempo para pensar, sem tempo para se importar, sem tempo para sentir, sem tempo para ver filmes, sempre tempo para ler livros, sem tempo para me dedicar a quem eu gosto, sem tempo...
Preciso dormir três dias seguidos e depois sair com alguém especial pra fazer alguma coisa realmente boa, sabe?
Não, não estou mais reclamando. Estou desejando.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Lembro perfeitamente daquelas manhãs, daquele cheiro, daquelas músicas. Fiz uma coleção de todas as músicas para ouvir e lembrar de cada momento. Fiz uma coleção de sorrisos para poder sorrir junto ao lembrar nos momentos mais tristes. Fiz uma coleção de palavras que me fazem bem, palavras como: "senti sua falta", "gosto tanto de você", "volta logo pra eu te ver", "fica mais comigo", "me abraça", "não quero ir embora", "você me faz bem". Fiz uma coleção de filmes que me lembram de tudo para assistir em noites de sábado. Fiz uma coleção de cada pedacinho, de cada detalhe, de cada migalha.
Hoje eu já não penso que seja assim tão importante, sabe? Eu só gosto de ter isso tudo guardado comigo, deve ser aquela velha mania de canceriano. Na verdade eu acho que tento fazer isso não ser tão importante, às vezes sozinha revirando os guardados sinto um aperto, uma dor. Sabe como é? Não quero fazer mais uma sessão nostalgia aqui.

...

Depois de um tempo me percebo diferente. Eu, eu, eu, eu , eu, eu... tanto "eu" o tempo todo. O tempo todo. Queria me desligar desse tal "eu", queria esquecer esse "eu", queria que esse "eu" não se sentisse mal por algumas palavras ditas, queria que esse "eu" fosse menos covarde, queria que esse "eu" se importasse menos, se apaixonasse menos, se ferisse menos. Queria não falar toda hora desse "eu". Que coisa mais chata.

...

Só que tem dias que qualquer coisinha vai te chatear, sabe? Será que alguém consegue ver isso?

domingo, 12 de abril de 2009

E é assim que tudo segue.

Algumas pessoas vão indo embora, outras vão ficando mais do que eu esperava, outras vão aparecendo sem eu nem imaginar que me sentiria confortável com elas... A rotina vai tomando conta de tudo de novo, não que isso seja ruim, é bom ter coisas a fazer, ter horários a seguir. É bom ter que esperar duas semanas para ter tempo pra uma sinuca, é bom ter que acordar cedo e ter 120 exercícios de limite para resolver no fim de semana. Mas o mais importante é ter aquela velha(?) companhia esperando sempre quando chego em casa. É muito bom conversar sobre coisinhas bobas, mas importantes, que acontecem, é muito bom falar tudo sobre nada, é muito bom simplesmente estar ali. Apesar de algumas coisas me chatearem, outras me deixarem para baixo e outras não fazerem muito sentido, tenho seguido sempre. E até que eu gosto, sabe? Gosto mesmo. Sinto que cada dia aprendo mais, que cada dia acrescento um pouco mais de tudo em mim.
Só tenho medo daquela "depois da calmaria vem a tempestade."
Enfim... ao infinito e além! o/

=P

domingo, 29 de março de 2009

.

Ah, se eu pudesse...

sábado, 28 de março de 2009

Dia feliz.

Dia feliz com a melhor companhia que eu poderia querer. Dia em que a volta de ônibus parece menos longa porque fico pensando e gravando cada detalhe dela, dia em que sou mais simpática com todos por estar contente de ter estado com ela, dia de alegria no fim da noite.
É, hoje foi tudo o que eu poderia querer. Mais uma dose, please?
=)

segunda-feira, 23 de março de 2009

"Estou me acostumando comigo
Revendo a casa, os vizinhos
E os vazamentos
E isso já não me assusta mais

Estou me acostumando contigo
Revendo palavras sem modismo
Olhares antigos
Nas frases que você agora traz

Se volto pra mim
Pouso na terra
E é macio saber
Que isso não me assusta
Que já não me assusta
E me gusta voltar."

segunda-feira, 16 de março de 2009

Um futuro brilhante e um coração apertado.

"Aqui é dor, aqui é amor, aqui é amor e dor:
onde um homem projeta seu perfil e pergunta atônito:
em que direção se vai?”
[Adélia Prado]

Sinto uma espécie de conforto, todas as coisas parecem estar dando certo. A minha família está super bem, todos fazendo o que devem fazer, eu acabo de entrar na faculdade em um ótimo curso e a minha carreira só está começando. Um futuro brilhante, foi o que sempre me disseram que eu teria. Não sei, talvez não estejam muito errados. Pelo menos eu sempre encontro disposição para dar o melhor de mim em algo que decido que quero e até agora nada saiu errado. Sempre consegui todas as coisas que decidi ter.
A garotinha aqui do futuro brilhante vai dando seus pequenos passos para quem sabe um dia ser alguém importante, alguém que fez algo importate para as pessoas, algo que mude a vida de muita gente pra melhor. Quem sabe, né? Não custa sonhar... Não custa tentar.
Pois é, todas essas coisas boas acontecendo e eu continuo não me sentindo tão bem no meio de tudo isso. Às vezes me acho super ridícula e ingrata com todas as coisas que a vida tem me oferecido, às vezes acho que é tudo injusto e ingrato comigo, às vezes não acho mais nada e tento esquecer... Mas é difícil, sabe? Eu sempre acabo chorando em fins de noites e eu simplesmente odeio isso. ODEIO. Odeio ser tão... tão frágil assim, odeio ser tão paciente, odeio ser tão passiva, odeio ser tão passional, odeio ser tão piegas... bah...
Bom, talvez eu saiba o que é que falta. E eu sei que eu sei, mas e daí? Não faz muita diferença porque não consigo me mover muito pra mudar isso. Eu juro que tô tentando, juro que tô saindo, que tô conhecendo pessoas... Sim, eu tô conhecendo pessoas! Veja só, na última baladenha falei com três pessoas que eu não conhecia antes, pessoas que conheci ali naquelas festas. Isso parece bom, né? Conhecer pessoas, fazer coisas novas... Tá vendo? Tô tentando de verdade.
Mas ainda falta e eu sei o que falta. Eu sei que eu sei o que falta, mas eu não sei o que fazer. Tá, quer saber o que falta? É que eu fico com vergonha de admitir que sinto falta disso. De verdade, eu que sempre gritei alto que seria independente e que necessitar disso é um puta ato de limitação. Justamente eu... ah! É meio torturante ter que admitir isso aqui. Mas vamos lá, eu sou a garota do futuro brilhante. Ok, o que falta é aquela pessoa pra esquentar meus pés em dias de frio, sabe? Aquela pessoa pra ver todo dia, aquela pessoa pra comprar presentinhos, aquela pessoa pra entender com um olhar, aquela pessoa pra... AH! Você já entendeu bem o que falta.
Na boa, eu acho que seria uma ótima companheira, sabe? Não é querendo me gabar e nem gastar a minha pouca auto-estima que resta para o fim do mês, mas eu seria agradável. É o que eu penso porque quando me imagino em uma situação dessas me vejo tão solícita, paciente, compreensiva... Essas coisas que dizem ser essencias pra fazer dar certo, sabe? Não que eu acho que seria exatamente assim, nunca se sabe, mas é o que eu penso em ser. Eu estaria ali a cada momento em que fosse solicitada, eu faria de tudo pra te agradar, eu não me importaria quando quisesse ficar sozinha, não me importaria de passar noites acordada, faria surpresas a cada dia, escreveria coisinhas dedicadas a você, prepararia café da manhã, no dia do seu aniversário eu faria a maior festa, a maior bagunça ou simplesmente comemoraria quietinha se assim fosse preciso, eu acharia músicas com o seu nome e se não existissem eu escreveria, eu mandaria cartões postais de todos os lugares que eu fosse, eu descobriria a forma certa de gerar créditos para celular só pra poder falar com você todos os dias, só pra poder mandar mensagens de bom dia dizendo "Bom dia, flor do dia!=D", eu faria tudo, tudo, tudo só pra te agradar, só pra te ver feliz, só pra te ver bem, sabe? Você ainda tá lendo? Será? Acho que não, não acredito muito no meu potencial pra entreter pessoas. Mas é isso, é tudo isso. Talvez eu esteja exigindo muito, talvez eu esteja querendo algo comum e simples, talvez(certeza) eu nem precise de procurar alguém que eu gostaria de dedicar tudo isso.
É que eu só queria que o título não fosse verdadeiro, queria ser a menina do futuro brilhante e do coração aquecido. Mas a gente não pode ter tudo que quer, né? Pois é.

"I wait for you...
By the end of time...
Until my days...
My days ended."

sábado, 14 de março de 2009

"Sonhei que você sonhava comigo. Parece simples, mas me deixa inquieto. Cá entre nós, é um tanto atrevido supor a mim mesmo capaz de atravessar – mentalmente, dormindo ou acordado – todo esse espaço que nos separa e, de alguma forma que não compreendo, penetrar nessa região onde acontecem os seus sonhos para criar alguma situação onde, no fundo da sua mente, eu passasse a ter alguma espécie de existência."
[Caio Fernando Abreu]

segunda-feira, 9 de março de 2009

Bah.

Já cansei de posts enormes cheios de lamentações e reclamações sobre o-quanto-é-injusto-tudo-o-que-acontece-comigo blah blah blah blah blah. É impressionante o quanto eu insisto nisso, impressionante o quanto eu sou chata. É impressionante o jeito que eu consigo sair de casa com a intenção de me divertir e beber além da conta para passar mal no meio de todo mundo, levar alguns foras seguidos, ficar no meio de todas as pessoas sem conseguir me entrosar com ninguém, acabar com todos os meus cigarros dando para mulheres que vão embora assim que a chama do isqueiro se apaga, ficar o tempo todo desejando a presença de uma única pessoa que eu não posso ter, ficar o tempo todo desejando estar enfiada em casa para ninguém perceber o quanto sou tosca, dançar desajeitadamente com pessoas desconhecidas, pedir selinhos na porta de banheiros, dar em cima de quem eu não poderia, falar alto demais coisas que ninguém poderia ouvir, acabar a noite chorando por me sentir o ser mais anormal de todo o mundo e me perguntando qual o meu problema afinal.
Eu disse que tava cansada de lamentações. -.-

Ah, e só pra constar que eu desisto de tentar. Desisto de tentar me divertir em lugares assim, desisto de tentar conversar com pessoas, desisto de tentar suprir a falta dela com bebida demais, desisto de tentar encontrar traços dela em qualquer outra mulher, desisto de tentar me sentir bem, desisto de tentar ser sociável, desisto de ficar sozinha no meio de multidões, desisto de sair de casa. Desisto definitivamente. Próximas noites fico em casa e bebo sozinha, pelo menos assim ninguém vai precisar cuidar de bêbado.





Ressaca moral é a pior de todas.

domingo, 8 de março de 2009

...

Eu canso, sabe?

quinta-feira, 5 de março de 2009

I wish I was special, but I'm a creep.

Ok, exagero da minha parte fazer um post com tal título. Mas é que tem dias que a frase do título resume o que eu sinto. Sim, mais exagero ainda. Admito. Talvez pessoas como eu sejam sempre exageradas em tudo. O que acontece é que eu fico pensando que sempre me dou mal em assuntos emocionais. E isso não é exagero, garanto! Vamos lá, eu explico... Já tive amores platônicos e eu nem conseguia olhar para a pessoa "vítima" de tal sentimento, pense no quanto eu me sentia creep naquela época. Nada satisfatório. Já fiquei com pessoas por algum tempo sem me importar muito e quando tudo acabou não precisei me recuperar. Já gostei de pessoas e eu nem sabia que aquele sentimento era esse tal "gostar". Já tive alguém que gostou realmente de mim e eu não dei importância, simplesmente joguei tudo no lixo. Já gostei demais de alguém e.
Tá vendo? Parece que nada nunca se completa. Sempre tem alguém que gosta mais, sempre tem alguém que se importa mais, sempre tem alguém que não sabe que gosta, sempre tem alguém que faria tudo pela pessoa que gosta enquanto a outra só está ali por comodidade. Acho que várias dessas situações já aconteceram comigo, por isso acho que não faço parte das pessoas que têm uma vida emocional decente. Acho que nem tenho uma "vida emocional" de fato.
Nos últimos dias tenho estado totalmente desiludida, sem vontade... Eu que esperei tanto para passar no vestibular e acreditava que depois disso tudo mudaria, agora tô aqui com esse vazio de novo. E agora, o que fazer? Fiquei um ano todo reclusa, sem sair, sem falar direito com as pessoas, sem me esforçar para manter as relações já existentes. Talvez tenham algumas exceções, mas de um número bem limitado. E daí quando finalmente passei fiquei super empolgada e queria voltar a falar com todas aquelas pessoas de antes, queria sair pra comemorar, encher a cara, receber milhões de ligações, pensei que pessoas especiais iriam me convidar para sair e comemorar, nossa... esperei tanta coisa dessa tal de aprovação! Só que daí no dia 17 cadê os antigos amigos? Cadê os telefonemas? Cadê as pessoas especiais me chamando para comemorar? Cadê? Nada disso aconteceu. Talvez eu tenha criado expectativas demas em relação a isso e daí acabei me frustrando. Ou será que eu deveria ter esperado tudo isso mesmo?
Enfim... não é só isso que me incomoda. Acho que a fase de ficar chateada por nada disso ter acontecido já passou. O problema agora é o tal do vazio. Tá, eu passei no vestibular depois de tanto tempo me esfoçando para conseguir. E agora? E daí? O que eu faço? Sei lá, é como se faltasse alguma coisa, sabe? É como se eu não estivesse completa. Tá aí mais um motivo para o título do post. Eu queria tentar entender o que é que me falta, entender o que é que procuro tanto sem resultados satisfatórios.
Fui sair com amigas do cursinho esta semana. Um casal de meninas lindo e super especial. É legal perceber como pessoas que se gostam de verdade se olham, é muito legal ver como elas têm um código especial de comunicação, é legal ver que a cada dia elas se reconhecem mais, a cada dia elas são mais companheiras, a cada dia se ajudam mais, a cada dia fazem o dia uma da outra mais especial assim. Daí eu paro e me pergunto, será que é isso que falta? Resposta imediata: nãooo, justamente eu que sempre achei super brega essa coisa de casalzinho, de apelidinhos, de coisas melosas e grudentas... justamente eu que não sei o que é isso. É, eu não sei. Apesar de todas aquelas constatações do meu estado de creep, nunca tive a oportunidade de testar como é isso de ficar tanto tempo junto, de compartilhar do mesmo brilho no olhar, do mesmo jeito de conhecer um ao outro. Justamente eu que não sei o que é isso iria gostar de ter isso agora? Por quê? Só para tentar descobrir se é isso que falta, tentar descobrir se com isso aliviaria as noites sozinha, os planos de fim de semana solitários, as festas sem graça, se com isso ficaria confortável quando tivesse uma daquelas crises de choro... Justamente eu escrevendo assim sobre isso, por quê?
Na verdade eu não tenho respostas para isso. Talvez nos últimos tempos, tempos de mudanças, eu esteja mais sensível que o normal, mais carente que o normal, mais sozinha que o normal... Talvez eu queira alguém que diga que sou especial, alguém que diga que sentiu a minha falta, alguém que consiga conversar e discutir sobre opiniões divergentes sem que isso gere uma briga, alguém que cuide de mim, que me diga que vai ficar tudo bem, alguém para ir ao cinema, alguém para dar e receber presentes bobos, para tomar sorvete, deitar no colo, dormir abraçada, contar segredos, alguém que fique satisfeita com a minha companhia mesmo nos piores lugares, nos piores dias, alguém para dedicar músicas... alguém que talvez não exista ou talvez eu só consiga pensar em um única pessoa com a qual eu gostaria de dividir tudo isso.
Eu nunca desejei relacionamentos padrões, nunca achei que seria confortável estar em um. Talvez as coisas que eu penso assustem bastante gente. Acho que tenho me sentido muito só, talvez eu só precise de uma companhia para dividir algumas coisas, para compartilhar bons momentos. Alguém que seja real, que eu não fique planejando coisas, idealizando palavras e ações.
Ah, como eu queria não me sentir assim. Como eu queria ser a velha Kamilla durona e indepente mesmo que por dentro viva caindo aos pedaços. Como eu queria ter coragem de apagar tudo o que acabei de escrever.
*suspira*

domingo, 1 de março de 2009

28/02/09

Em mais uma noite bêbada de sábado aqueles velhos pensamentos voltam a me atormentar. Eu poderia escrever uma crônica se a minha criatividade ajudasse, poderia escrever um conto se minha sensibilidade fosse suficiente. Mas fico aqui com essa escrita seca e crua só para fazer a noite passar e o sono chegar. Estava pensando em como as coisas podem mudar em pouco tempo, poderia dizer que estou fazendo a velha lista do Oswaldo. É impressionante como tanta coisa que antes era essencial agora já nem faz mais tanta diferença. Impressionante como quando era mais nova tinha tanta coisa que era capaz de me fazer ficar o dia todo na cama, a semana toda mal humorada, ter aquela vontade de matar todo mundo da escola, aquela depressão de sangue e dor, tanta coisa que me fazia sofrer, que me fazia sentir como se meu mundo fosse acabar em pouco tempo. E as pessoas? Ah! Era tanta gente que eu jurava que não conseguiria viver sem, tanta gente pra quem eu jurei amor eterno, tanta gente que me jurou amor eterno, tanta gente... Agora as gentes cresceram, estão trabalhando, namorando, casando, tendo filhos, construindo casas e mais um milhão de coisas que gente normal faz. Agora eu olho para tudo com certa indiferença, tento não deixar que tanta coisa influencie no meu cotidiano, afinal tenho mais um milhão de problemas para resolver. E aquelas pessoas ainda têm um lugar aqui, aquelas pessoas deixaram saudade, mas eu já não consigo manter qualquer comunicação decente. Talvez a gente vai crescendo e aquela paixão vai acabando, talvez os interesses mudem, talvez aquilo tudo não passou de uma fase louca e estranha ou então cada vez mais me torno distante e indiferente a todos os acontecimentos que me cercam. Talvez eu só não me importe mais. Apesar de jurar que vou terminar meus dias sozinha, bebendo em noites de sábado para conseguir dormir, rejeitando qualquer convite para suposta diversão vaga em lugares estranhos, fumando cada vez mais, a roupa cheia de pêlos de qualquer animal que consiga me suportar, o rosto marcado pelo tempo, aquela cara de sapata acabada, aquele vazio que só aumenta... Apesar de jurar que isso tudo vai ser verdade daqui uns anos, eu tenho um medo, sabe? Medo de acabar sozinha com todos os meus livros, músicas, quadros, animais, bebidas e cigarros. Medo de não fazer o que dizem que é significativo. Medo de não alcançar a tal da felicidade que eu me recuso acreditar. Não, agora não. Talvez eu ainda tenha alguma paixão para lutar contra ideais fabricados, lutar para provar que posso saber muito mais do que aqueles assuntos sobre quem-comeu-quem ou quem-foi-a-última-besha-a-se-assumir, você não ficou sabendo, menina? Pois é, sempre soube que era uma enrustida. Ahhh! Não, essas coisas são complementos! Não que eu seja a nerd chata que só sabe falar sobre os últimos avanços tecnológicos ou sobre como foi difícil terminar aquela programação, mas acho que é tudo MUITO MAIOR do que esse pequeno espaço em que tentam se limitar, em que tentam ME limitar. Não, eu não quero parecer arrogante aqui, é só o que eu venho sentindo nos últimos tempos, o que eu venho percebendo. Parece que ninguém mais se interessa por nada que ultrapasse o seu pequeno cotidiano, parece que ninguém mais consegue olhar além do seu umbigo. Ah, tudo bem. Agora pode me dizer que eu sou exatamente assim e provo tudo escrevendo isso aqui. Não me importo, pelo menos eu finjo que consigo ver além, pelo menos eu finjo que consigo falar sobre coisas variadas, pelo menos eu finjo que sou interessante (apesar da farsa acabar em duas horas), apesar de me sentir o ser mais ridículo de toda a Terra, apesar de meus olhos já estarem ardendo porque passei da conta do teor alcoólico suportado e só consigo digitar no Word porque ele me corrige, apesar de ser decadente e... Aaaahhh!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Que seja doce.

"Tenho um dragão que mora comigo.

Não, isso não é verdade.

(...)
Duvido que um dragão conviva melhor com esses seres mitológicos, mais semelhantes à natureza dele, do que com um ser humano. Não que sejam insociáveis. Pelo contrário, às vezes um dragão sabe ser gentil e submisso como uma gueixa. Apenas, eles não dividem seus hábitos.Ninguém é capaz de compreender um dragão. Eles jamais revelam o que sentem. Quem poderia compreender, por exemplo, que logo ao despertar (e isso pode acontecer em qualquer horário, às três ou às onze da noite, já que o dia e a noite deles acontecem para dentro, mas é mais previsível entre sete e nove da manhã, pois essa é a hora dos dragões) sempre batem a cauda três vezes, como se tivessem furiosos, soltando fogo pelas ventas e carbonizando qualquer coisa próxima num raio de mais de cinco metros? Hoje, pondero: talvez seja essa a sua maneira desajeitada de dizer, como costumo dizer agora, ao despertar - que seja doce.
(...)
Além de tudo: eu não o via. Os dragões são invisíveis, você sabe. Sabe? Eu não sabia. Isso é tão lento, tão delicado de contar - você ainda tem paciência? Certo, muito lógico você querer saber como, afinal, eu tinha tanta certeza da existência dele, se afirmo que não o via. Caso você dissesse isso, ele riria. Se, como os homens e as hienas, os dragões tivessem o dom ambíguo do riso. Você o acharia talvez irônico, mas ele estaria impassível quanto perguntasse assim: mas então você só acredita naquilo que vê? Se você dissesse sim, ele falaria em unicórnios, salamandras, harpias, hamadríades, sereias e ogros. Talvez em fadas também, orixás quem sabe? Ou átomos, buracos negros, anãs brancas, quasars e protozoários. E diria, com aquele ar levemente pedante: "Quem só acredita no visível tem um mundo muito pequeno. Os dragões não cabem nesses pequenos mundos de paredes invioláveis para o que não é visível".
Ele gostava tanto dessas palavras que começam com in - invisível, inviolável, incompreensível -, que querem dizer o contrário do que deveriam. Ele próprio era inteiro o oposto do que deveria ser. A tal ponto que, quando o percebia intratável, para usar uma palavra que ele gostaria, suspeitava-o ao contrário: molhado de carinho. Pensava às vezes em tratá-lo dessa forma, pelo avesso, para que fôssemos mais felizes juntos. Nunca me atrevi. E, agora que se foi, é tarde demais para tentar requintadas harmonias.
(...)
Antes, antes ainda, o pressentimento de sua visita trazia unicamente ansiedade, taquicardias, aflição, unhas roídas. Não era bom. Eu não conseguia trabalhar, ir ao cinema, ler ou afundar em qualquer outra dessas ocupações banais que as pessoas como eu têm quando vivem. Só conseguia pensar em coisas bonitas para a casa, e em ficar bonito eu mesmo para encontrá-lo. A ansiedade era tanta que eu enfeiava, à medida que os dias passavam. E, quando ele enfim chegava, eu nunca tinha estado tão feio. Os dragões não perdoam a feiúra. Menos ainda a daqueles que honram com sua rara visita.
(...)
Tudo apodrecia mais e mais, sem que eu percebesse, doído do impossível que era tê-lo. Atento somente à minha dor, que apodrecia também, cheirava mal. Então algum dos vizinhos batia à porta para saber se eu tinha morrido e sim, eu queria dizer, estou apodrecendo lentamente, cheirando mal como as pessoas banais ou não cheiram quando morrem, à espera de uma felicidade que não chega nunca. Ele não compreenderia. Eu não compreendia, naqueles dias - você compreende?
Os dragões, já disse, não suportam a feiúra. Ele partia quando aquele cheiro de frutas e flores e, pior que tudo, de emoções apodrecidas tornava-se insuportável. Igual e confundido ao cheiro da minha felicidade que, desta e mais uma vez, ele não trouxera. Dormindo ou acordado, eu recebia sua partida como um súbito soco no peito. Então olhava para cima, para os lados, à procura de Deus ou qualquer coisa assim - hamadríades, arcanjos, nuvens radioativas, demônios que fossem. Nunca os via. Nunca via nada além das paredes de repente tão vazias sem ele.
Só quem já teve um dragão em casa pode saber como essa casa parece deserta depois que ele parte. Dunas, geleiras, estepes. Nunca mais reflexos esverdeados pelos cantos, nem perfume de ervas pelo ar, nunca mais fumaças coloridas ou formas como serpentes espreitando pelas frestas de portas entreabertas. Mais triste: nunca mais nenhuma vontade de ser feliz dentro da gente, mesmo que essa felicidade nos deixe com o coração disparado, mãos úmidas, olhos brilhantes e aquela fome incapaz de engolir qualquer coisa. A não ser o belo, que é de ver, não de mastigar, e por isso mesmo também uma forma de desconforto. No turvo seco de uma casa esvaziada da presença de um dragão, mesmo voltando a comer e a dormir normalmente, como fazem as pessoas banais, você não sabe mais se não seria preferível aquele pântano de antes, cheio de possibilidades - que não aconteciam, mas que importa? - a esta secura de agora. Quando tudo, sem ele, é nada.
(...)
Quando volto a pensar nele, nestas noites em que dei para me debruçar à janela procurando luzes móveis pelo céu, gosto de imaginá-lo voando com suas grandes asas douradas, solto no espaço, em direção a todos os lugares que é lugar nenhum. Essa é sua natureza mais sutil, avessa às prisões paradisíacas que idiotamente eu preparava com armadilhas de flores e frutas e fitas, quando ele vinha. Paraísos artificiais que apodreciam aos poucos, paraíso de eu mesmo - tão banal e sedento - a tolerar todas as suas extravagâncias, o que devia lhe soar ridículo, patético e mesquinho. Agora apenas deslizo, sem excessivas aflições de ser feliz. (...)"
[Caio Fernando Abreu.]

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Os Efêmeros.

"Ando em busca d'Os Efêmeros. Encontro-os por todos os lados. Passantes calmos ou afoitos, vendo-se ou vendo-me. Os efêmeros são os vivos, os que podemos ver, e os fantasmas que vemos mesmo que não existam, e os que existem e não podemos ver. Qual a cegueira que nos toca, que nos impede a mira? O que eu veria se destapasse os olhos? Veria os efêmeros, os que se escondem, atrás de suas próprias nucas, e à sua frente perdidos de si mesmos em busca de si mesmos por meio de outros, e os outros? Outros, os desistentes e os insistentes, os efêmeros com seus sapatos, saias, bolsos, máquinas de fotografar, sombras; lêem livros, fazem teatro, assistem,esperam, comem, andam, olham, chegam, vêm, vão, os efêmeros estão por todos os lados, simples, complexos, apressados, com seus trejeitos, sorrisos, fome, seus objetos de espera, de sedução, repetem a vida, repetem a morte em vida, repetem a vida em vida, a armadura que sustenta toda vertigem. Os efêmeros formam atalhos, desvios, andam, andam, seguem lemingues sempre prontos ao abismo lento ao qual demos o nome de esperança. Os efêmeros são feitos de sinais, filigranas, fascínio, atenção, esperas, pés no chão, amor, prazer, conversas, ordens, são antípodas, são a nossa imitação. Os efêmeros nos perguntam e não respondem, os efêmeros só esperam que os ajudemos a atravessar a grande vertigem. Sempre a espera do grande contentamento invisível. Desnudemos os olhos. Queremos nossos olhos nus para que os efêmeros passem em seu cortejo triunfal em paz.
Os efêmeros somos nós."

[Márcia Tiburi']

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Que horas? Me diga...

[Você é uma luz
Debaixo da porta?
No sonho de quem
Você vai e vem
Com os cabelos
Que você solta?
Que horas,
me diga que horas, me diga
Que horas você volta? ]



"Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas".
[Caio Fernando Abreu ]

"Sim, eu, esta que olha para os pés enquanto anda; a que tem medo de perder o caminho e não saber voltar." Eu que nunca sei dizer tudo o que eu queria dizer e acabo me perdendo em todas as coisas que nunca te disse e nunca vou dizer. Eu que tenho esse jeito estranho e bobo de sentir. Eu que tenho essa mania de escrever coisas na última folha do caderno. Eu que tenho mania de colecionar pedacinhos de você. Eu que me acho tão sem graça e sem cor, mas mesmo assim te espero para oferecer um abraço. Eu que não sei quanto tempo mais tudo pode durar, mas tento não pensar em coisas assim. Eu que tenho medo de escuro (ou seria medo do que se esconde embaixo da minha cama?). Eu que em noites como essa queria tanto seus abraços, queria tanto seu olhar e uma das suas histórias para dormir. Eu que preciso de colo. Eu que não me importo de dizer que sinto mesmo sua falta e que espero você voltar. Eu que te gosto desse jeito desajeitado. Eu que tenho esses olhos pequenos e distantes. Eu que fico tão feliz com pedacinhos de atenção, de carinho. Eu que não sei o que fazer das oportunidades mais importante. Eu que não sei ficar sem você. Eu que só queria você por perto...

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Descansar...

Pois bem, estou eu aqui dois dias depois do grande dia. Não há nada para fazer, nada para pensar, nada para escrever... haha! Tenho sim alguns livros, algumas séries, um cubo mágico, mas nada de tão importante, nada de urgente. Será esse o tal alívio? Será esse o tal descanso? Pois eu já estou com um pontinha de saudade daquela vida agitada, daquele monte de coisas para fazer. Saudade dos amigos do cursinho, saudade da rotina, saudade... Queria muito que todos os amigos tivessem passado, poderiamos continuar essa mesma vida, essa mesma rotina lá, na UnB. Mas infelizmente não foi o que aconteceu... Vou pra lá sozinha, mais uma vez um mundo novo, com pessoas novas, informações novas... Tudo novo de novo. Isso dá um medinho, sabe? Eu, como boa canceriana, ficaria o resto da vida com as mesmas pessoas e talvez a mesma rotina. Mas, a ascendência em escorpião e lua em libra não me deixam descansar de verdade e aceitar a rotina... sempre quero mais e fico assim, de saco cheio por ficar parada. Mas o medo do novo não tem como superar, acho que os meus maiores traumas de infância foram nas novas escolas. Talvez isso explique. haha!
É... acho que eu tenho mais algumas futilidades para olhar na net, algum seriado para assistir e um cubo mágico para resolver.
Bom dia, dia! =D

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Eu passei! Eu passei!


É, não conheço sensação melhor do que essa... A de ver o meu nome na lista de aprovados e sair gritando alucinada pra todo mundo ouvir: "Eu passei! Eu passei!". Levar banho de farinha, tinta, confete e mais um milhão de coisas desconhecidas, compartilhar essa conquista com as pessoas que eu amo, abraçar os amigos, brincar no trote... Até agora fico repetindo baixinho pra mim "eu passei, eu passei, eu passei."Ainda não consigo acreditar, sabe? É tudo incrível demais! É tudo perfeito demais! =D

Desespero.

Ok, ok... eu sei que "desespero" é demais, mas é hoje. É hoje! Hoje todos os meus sonhos podem se realizar e toda a minha vida pode mudar assim, ó... Puuuff! É hoje... e eu tô com um medo terrível de tudo o que possa acontecer, mas mesmo assim chutei o balde, deixei todos os compromissos para outro dia e vou pra lá, lá pra UnB pra talvez ver o meu nome brilhando na lista dos aprovados. hahaha!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Terça-feira, 1h29.

E só poderia ser em madrugadas como essas que as piores e as melhores coisas saem de mim. Sempre me alimentei de pequenos momentos como esse, a casa escura, a fumaça cobrindo, a luz da tela fazendo meus olhos arderem, a cabeça a mil, vontade de mudar tudo, de sair correndo e encher a cara ou de ligar pra alguém e conversar até amanhecer. Já tive a oportunidade de compartilhar muitas madrugadas assim com pessoas realmente especiais. Foram horas de conversas intelectuais, sentimentais, sexuais, psicopatas... Horas de coisas para compartilhar que só a madrugada consegue revelar, horas de conversas animadas e excitantes, horas de conversas tristes e nostálgicas... Tanta coisa que não aconteceria enquanto existissem luzes acesas. Ela já me disse pra tomar cuidado com o bafo de enxofre da madrugada. E eu realmente tento tomar cuidado com isso, mas às vezes não dá.
E hoje estou aqui online no msn mas sem ninguém pra conversar, sem ninguém pra ligar, sem ninguém... Não sei qual seria o conceito de "sem ninguém". Consigo pensar em algumas pessoas e sentir uma ternura que não dá pra explicar, até consigo me sentir menos sozinha pensando em tais pessoas. Mas elas não estão aqui para me ajudar a suportar o tal bafo de enxofre, daí eu escrevo.
Eu sempre fiz vários blogs mas acabo excluindo depois de um tempo, talvez seja por discuido ou por perder a vontade... Mas em madrugadas como essas um blog pode realmente ser o seu melhor amigo. Sim, eu poderia escrever em um caderno ou em qualquer outro lugar, mas eu gosto dos meus dedos correndo rápidos pelo teclado, gosto de ouvir os barulhos da tecla e de não ter que me preocupar com a letra... Eu nunca consegui manter um diário, nunca consegui encontrar sentido em anotar os acontecimentos de cada dia. Talvez eu tenha dado pouca atenção para muitas coisas especiais que simplesmente acabaram. Se eu tivesse anotado com data e talvez um daqueles papéis de doces grampeados na folha talvez pudesse me recordar melhor de tudo o que aconteceu. Mas eu prefiro me manter longe de tais lembranças, às vezes prefiro afastar todas elas dos meus pensamentos e só seguir vivendo momentos banais... o vazio às vezes ajuda a seguir em frente.
Talvez quando você diz que eu me importo demais sobre como tudo parece ser possa estar certa. Ou talvez eu só tente me importar com o que sinto que não posso perder, talvez eu tente manter o mínimo de atenção ao que me faz bem, ao que me faz acordar sorrindo. Eu não deveria escrever coisas assim em um blog, mas é que eu não sei para quem escrever. Eu sinto como se alguma coisa realmente grande estivesse para acontecer, mas eu não consigo entender o que é. Eu tenho medo de que seja algo que eu não possa controlar, que eu não possa suportar. Tenho medo de ficar em pedacinhos e demorar para recolher e colar todos. Eu tenho medo de que possa acontecer coisas boas e eu não saber como aproveitar, tenho medo de poder te ver sempre e ser mais chata ainda. Tenho medo da possibilidade de sentir mais, de viver mais. Acho que me acostumei tanto com essa pequena rotina, esses pequenos acontecimentos... Eu me acostumei tanto com você que não consigo imaginar uma outra vida da qual você não faça parte.
Eu sei, eu sei que vai dizer que isso é tudo coisa de mulherzinha e que eu sempre exagero em tudo, sempre faço drama... mas entenda, baby... entenda... é madrugada. Eu sei que talvez nada seja da proporção que eu imagino, eu sei que não é assim que você se expressa, eu sei... Eu sei de quase tudo o que pode dizer, só não sei é o que eu posso sentir com isso.
O problema de estar aqui é que agora eu já não consigo apagar mais nada e vai tudo saindo assim, se eu não clicar no botão para publicar não vou conseguir dormir, não vou parar de pensar em tudo isso até amanhã, até o nível de álcool ficar tão alto que vou começar a achar tudo a maior besteira que eu poderia ter dito. Talvez eu nem precise de álcool, amanhã nem vou sentir mais nada assim.
Que porcaria de blog. Que droga de dramalhão da madrugada. Boas noites.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Em Fortaleza.

Já são dez dias aqui em Fortaleza de férias. Eu não sabia que poderia ser tão bom sol, praia, areia... Sai de casa jurando que seria a chata do guarda-sol o tempo todo. Mas é meio impossível não se encantar com o mar e com as pessoas daqui(sim, a estranha anti-social gostou das pessoas). Há dez dias durmo ouvindo o barulho das ondas quebrando, assim que acordo é só me sentar na cama que já posso ver o mar e ficar observando da minha janela as mudanças de cores do mar. É super lindo tudo isso, a cidade tem uma ótima estrutura e as casas são todas construções antigas, nos bares e barracas o atendimento é sempre ótimo e somos sempre recebidos com sorrisos, o centro cultural é super bacana e cheio de gente underground, dá pra ver o movimento do porto o dia todo e ficar imaginando quantas pessoas de diferentes lugares passam por ali, dá pra ficar o dia todo na varanda pensando no quanto queria estar aqui com aquela pessoa especial, dá vontade de ficar o dia todo no sofá sentindo a brisa e o cheiro do mar, dá vontade de casar, vir morar aqui, adotar um cachorro e ser feliz pra sempre. Haha! Ok... a última parte é só efeito da maresia.
Ontem quando fiquei sozinha em casa acabei conferindo o gabarito do vestibular, corrigi tudinho e fiz as estimativas para a minha nota. Acho que fiquei entre 188 e 236 pontos. Talvez dê pra passar, agora estou dependendo da redação. Só dia 16 pra saber. O resultado foi satisfatório, nem eu mesma acreditei que conseguiria melhorar tanto de um vestibular para outro. O estranho é só pensar no que vai acontecer da minha vida de agora pra frente. Por enquanto estou aqui desligada do mundo, dormindo tarde e acordando cedo feliz da vida, passando a manhã toda na praia comendo caranguejo e bebendo cerveja pra depois chegar em casa bêbada e dormir o resto do dia. Nem parece que eu tenho uma vida e uma casa em outro lugar. Mas eu tenho e realmente não sei como será a partir de agora. Dá um super medo pensar no que pode aconter e no grande número de mudanças que estão por vir...
Às vezes eu sinto falta de algumas coisas de menos de um ano atrás... Sinto falta daquela ingenuidade toda e daquelas conversas, daquelas pessoas, daquela vida estranha e de chorar o dia todo por estar longe de casa. Sinto falta de como tudo ia passando rápido e eu nem sabia o que fazer, sinto falta de usar sempre o celular para falar com ela, sinto falta da voz dela e dos mimos dela por eu estar com o pé quebrado. Eu sei que sinto falta de coisas estranhas, mas acho que sempre vou sentir falta de tudo, mesmo o que não tenha sido tão bom... sei lá... É que mudanças às vezes incomodam, às vezes é dfícil passar por coisas novas, às vezes é difícil ter que suportar situações diferentes e ver as pessoas que já estiveram tão perto fazendo coisas que não estão mais relacionadas a mim.
É, eu acho que só consegui sentir a nostalgia do começo de ano agora porque tenho chances de passar para uma outra etapa e é dia de chuva e não dá praia hoje.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009




É, chegou o grande dia! Boa prova pra mim e pra todo mundo. É dessa vez que vai dar tudo certo. =)




segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Segunda-feira.

Ah, que semana horrível... Eu sei, ela mal começou. O problema é comigo mesmo, TPM como não tinha há muito tempo, vontade de matar alguém, vontade de dormir para sempre...
Hoja conheci umas pessoas novas no cursinho. Uma mocinha que conseguiu 415 pontos de agumento e nem fez cursinho pré-vestibular. Ela só não passou por causa da letra na redação. Isso causa indignação, né? Mas o problema não é esse, tenho certeza que neste semestre ela estará na turma de Medicina...
Fui perguntar para a moça como ela estudava e ela "Ah, eu estudo em casa... vou lendo as coisas normalmente..." Difícil de acreditar, né? Pois bem, a solução não está no modo como ela estuda e sim na escola. A moça me contou que acabou de sair do Leonardo da Vinci, de longe uma das melhores escolas do DF.
Isso me fez pensar em como o sistema pode ser injusto. Enquanto alguns têm uma boa escola a vida toda e não encontram dificuldade nenhuma na prova monstro do Cespe, outros passam dois, três, seis anos tentando vestibular para Medicina.
E daí criam sistema de cotas e adição à notas para tapar o sol com a peneira. Tentam com isso driblar o enorme déficit que os alunos trazem desde os primeiros anos de escola, escola pública.
Hoje me senti um pontinho tão minúsculo no meio disso tudo... Na conversa com as outras meninas amigas da mocinha dos 415 pontos me perguntaram o curso que eu queria e eu respondi:
-Engenharia...
-Aaahh, que legal! Qual?
-De redes...
-É, você tem cara. Em que escola estudava?
Aí tudo parou, né? Afinal de contas eu não estudei numa escola popular e recorde de aprovações na UnB. Aí é que ocorreria a idealização delas de "Ah, você tem grandes chances de passar." ou "Coitada, vai demorar mais uns três anos." No fim respondi: "Em uma escola aí do Goiás... lá no fim do mundo." As meninas riram do meu jeito de falar, mas por trás daquelas risadas pude sentir qualquer coisa que não era tão engraçada assim.
E foi assim que o pontinho aqui voltou para casa desanimada da vida. Passei a tarde pensando naquela conversa e achando que apesar dos meus progressos significativos nessa longa saga rumo à UnB, talvez ainda falte bastante para finalmente chegar.
E o que fazer? Não dá para voltar à escola e fazer tudo de novo, não dá para fazer uma revolução e mudar tudo isso. haha! Continuaremos todos no mesmo ciclo de cursinhos e pontinhos... cursinhos e pontinhos... até que alguém que estudou a vida toda em uma escola precária passe em primeiro lugar em Medicina (sim, isso acontece) para reanimar as esperanças dos novos vestibulandos.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Texto de 2007.

Em pleno século 21, especialmente nos grandes centros urbanos, muita gente acha que as questões sobre direitos civis, sobre preconceito e sobre assimilação já estão resolvidas. Antes a discriminação era direta: contra mulheres, negros, gays, deficientes físicos. Mas, no século 20, a luta pelos direitos civis tornou isso ilegal. Só que, agora, surgiu uma nova forma, mais sutil, de discriminação, por exemplo, não contra todos os negros, mas somente contra aqueles usam um cabelo diferente.Você pode ter a sua identidade, mas sem invadir o que a sociedade chama de normal. Se você faz parte de um grupo sempre excluído, inevitavelmente alguém vai pedir para você se comportar de uma maneira que não é a sua. Por exemplo, se você é gay, não pode andar com seu companheiro de mãos dadas na rua. Daí a confusão: se você diz que não tem problemas com os gays, por que não podem demonstrar seu carinho em público como os outros?Você tem que misturar na massa, você tem que ficar indistinguível. Você é aceito, desde que se enquadre em certos padrões de respeitabilidade: modo de se vestir, de ser, de estar. Precisa disfarçar sua identidade para ser aceito na sociedade, na verdade não aceito, mas tolerado.A hipocrisia é geral, pois dizem aceitar as diferenças, quando na verdade o racismo e o preconceito passam de pai para filho em forma de piadas que teriam bem mais graça se não fossem o retrato da nossa ignorância.Muitas formas de violência poderiam ser evitadas com um gesto simples: respeito. Será que é tão difícil respeitar as diferenças? Será que é tão difícil respeitar as opções individuais? Não é normal alguém ser normal hoje em dia, em nenhuma parte do mundo. Temos que nos dar bem entre nós e, para isso, precisamos parar de fingir que somos iguais. Compreender que somos diferentes e respeitar isso. Sem tanto preconceito e discriminação podemos levar uma vida muito melhor.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Tarde de sábado. Seis dias.

Agora falta pouco para finalmente eu poder descansar e parar tudo por pelo menos quinze dias. Parece que tá tudo mais lento agora nas últimas semanas, os dias demoram a passar, as aulas duplas de Física já não são tão animadoras, o sono e o cansaço persistem mesmo depois de eu ter dormido oito horas completas. Mas já estou no fim. Talvez o fim de um longo processo de cursinho e nerdeação, talvez só o fim de mais um semestre de cursinho e o começo de outro mais torturante ainda.
Apesar da total falta de interação com outro mundo que não seja relacionado com as matérias da prova, sempre tem alguma coisa para chegar e te dar um tapa e dizer que tá ali, que não vai deixar você em paz, que o outro lado existe e que por mais que você saiba resolver todos os cálculos complicados não vai resolver nada. Nunca vai poder ficar totalmente absorto em um único objetivo. Sempre tentei definir objetivos, definir prioridades. O fato é que acabo exagerando muitas vezes nas minhas escolhas e na disponibilidade para me dedicar a elas. O que acontece é que coisas e pessoas que são importantes desde sempre acabam ficando em segundo plano. Um grave defeito meu. Não sei se já tinha parado para pensar sobre isso antes, o fato é que só agora me veio aquela vontade de acabar com tudo isso, de fazer alguma coisa diferente do que sempre fiz.
Nada nunca pode ser eterno, constante e imutável. Isso é contra todas as leis que regem o Universo. Então por que essa velha mania de achar que as pessoas serão para sempre em nossas vidas? Eu sei que é a maior vontade de todos, conheço gente que pensa em se matar por causa disso, conheço gente que se culpa por isso, conheço gente que chora por isso... Acho que todo mundo sempre vai se lamentar pelo que passou, vai se lamentar pelas pessoas especiais que já se foram. E o pior é quando elas vão e te deixam marcas tão profundas que não consegue esquecer nunca mais. Pode até mudar o foco, pensar em outra coisa, se apaixonar por outra pessoa, arrumar uma outra melhor amiga, mas é só para deixar a dor guardadinha ali, ela não some. Algumas pessoas vão e te deixam em pedacinhos, mas talvez não seja por maldade. Elas simplesmente têm que seguir a ordem das coisas... Elas precisam mover a grande roda-gigante.

"Ah Deus, que os humanos vão guardando dentro de si tudo e todos que se perdem o tempo todo sem parar, e pode doer, pode doer, eu aviso, mas não deve, não, não deve: te digo que é assim que as coisas são e o fugaz delas é a sua eternidade - não no real, mas na memória de quem lembra, e eu nem sequer entendo o que digo na manhã de domingo e chuva mansa sobre o porto minúsculo-maiúsculo de que falo." (Caio F. Abreu)

E não deve doer... Mas dói, sempre dói. E duvido que exista alguém que não tenha experimentado tal sensação. Duvido que tenha alguém que não tenha chorado uma noite inteira por causa de alguém que se foi. Duvido que alguém já não tenha ido embora sem se perguntar o que aconteceria com o que ficou para trás. Depois de tanta coisa escrita acabo pensando que é de corações quebrados que se fazem as grandes histórias. Posso até parecer um tanto quanto piegas, mas definitivamente as histórias de Hollywood não são as melhores.
Talvez nunca estarei preparada para uma nova partida, talvez eu nunca perceba quando algo novo chegar, talvez eu nunca pare de me lamentar por tudo e todos que se foram... Talvez eu tenha grandes histórias e nem as percebo...

"Depois de todas as tempestades e naufrágios, o que fica de mim em mim é cada vez mais essencial e verdadeiro." (Caio F. Abreu)

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Anotações sobre um amor urbano.

"O cheiro do teu corpo persiste no meu durante dias. Não tomo banho. Guardo, preservo, cheiro o cheiro do teu cheiro grudado no meu. E basta fechar os olhos pra naufragar outra vez e cada vez mais fundo na tua boca. Abismos marinhos, sargaços. Minhas mãos escorrem pelo teu peito, gramados batidos de Sol, poços claros. Alguma coisa então pára, as coisas param. Os automóveis nas ruas, os relógios nas paredes, as pessoas nas casas, as estrelas que não conseguimos ver aqui no fundo da cidade escura. Olho no poço do teu olho escuro, meia noite em ponto. Quero fazer um feitiço pra que nada mais volte a andar. Quero ficar assim, no parado. Sei com medo que o que trouxe você aqui foi esse me jeito de ir vivendo como quem pula poças de lama, sem cair nelas, mas sei que agora esse jeito se despedaça. Torre fulminada, o inabalável vacila quando começa a brotar de mim isso que não esta completo sem o outro. Você assopra na minha testa. Sou só poeira, me espalho em grãs invisíveis pelos quatro cantos do quarto."

(Caio Fernando Abreu)

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Menos de duas semanas.

Pois é, tá acabando e eu aqui doente. Mas também com o ritmo que eu tô levando não tem como ficar saudável. Dias inteiros no cursinho estudando e estudando, refeições nada regulares ou saudáveis, noites mal dormidas e paranóia com números. Ontem perguntaram o que me motivava tanto, o que me fazia ficar até doente perseguindo tal objetivo... Na hora eu fiquei pensando se realmente compensaria, mas depois lembrei que isso é muito mais que um sonho para mim. Já disse que vou raspara a cabeça quando passar, né? haha!
Enfim... tá acabando e isso é bom.
Eu odeio ter um blog. -.-

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Primeiro dia útil.

Será que fui só eu que senti a ressaca e a nostalgia generalizada? O centro da cidade estava com muito menos movimento, parecia tudo mais lento, as pessoas talvez tenham diminuido o ritmo para o primeiro dia, até o sol demorou mais para ir embora hoje. Eu dormi praticamente a aula toda e depois do almoço ainda dormi na sala de estudos e babei nas apostilas... haha! Na hora de ir embora até os motoristas dos ônibus estavam se comportando e entrando na fila certa. Será que são promessas para o novo ano? haha!
Faltam quinze dias para o vestibular e vinte dias para viajar. Sabe aquela vontade de que tudo passe voando? Pois é... apesar de ainda ter um milhão de coisas para estudar eu quero muito que acabe tudo logo. Quero muito ficar quinze dias com os meus livros e meu seriados, dormir quinze horas seguidas, passar o dia todo sem pensar em nada... ahh!
É. Acabou.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

01/01/09

Olha só, primeiro dia do ano e muita ressaca. Nada de promessas ou expectativas para o novo ano. Bem melhor assim pois não preciso de mais planos agora, preciso mesmo é realizar os velhos planos.
Ontem resolvi seguir a regra, até blusa branca acabei usando. Foi o primeiro ano que me vesti como manda o figurino. Deixei a noite depressiva e o moletom de lado e fui para a queima de fogos, fui para a socialização. No geral foi tudo muito bom, a bebida sempre ajuda. Super bonita a queima de fogos na Esplanada e as meninas com quem sai são as melhores companhias.
Acho que o problema é comigo mesmo, estava tudo muito legal, fomos para uma super festa depois e as pessoas se divertiram muito... só eu que nem consegui me integrar naquilo tudo. Acho que ontem pratiquei muito meu voyeurismo, enquanto as pessoas se divertiam e se pegavam eu ficava olhando e achava aquilo bom. Senti muita falta dela, às vezes só conseguia pensar em como queria ela lá comigo.
Agora é nostalgia de começo de ano... tudo novo de novo. haha! E dessa vez eu passo no vestibular. =D